Conversa de Anjos – Realizamos sozinhos?
Saudações, queridos,
Diante a algumas reflexões no compartilhar de vocês, trazemos o tema de hoje: Realizamos sozinhos?
Propomos desconstruir um conceito que existe em muitos de nós: que fazemos sozinhos, que damos conta sozinhos.
Isto é uma Inverdade!
Vamos dar uma olhadinha em nosso dia?
Precisamos do porteiro do prédio; do síndico, zelador e faxineiro do condomínio; do frentista do posto de gasolina; do motorista do táxi; do atendente e caixa no supermercado; da recepcionista do dentista; do operador de telemarketing a nos atender no banco, empresa de celular, cartão de crédito e etc; do mecânico de automóveis; dos funcionários e contador do escritório contábil; da enfermeira e médico no hospital; do técnico em computador a software ou hardware; do balconista de qualquer loja, empreendimento comercial; da equipe de linha de produção, equipe comercial e administrativa das indústrias; da professora, diretor, funcionários das escolas; dos funcionários do clube a limpar piscina, aparar a grama e manter o jardim coeso e agradável; da banda que toca nas festas; da equipe do buffet que me organiza a festa; do presidente e diretoria do clube a organizá-lo e mantê-lo ao meu bom uso e de minha família; do piloto e comissários de bordo do avião; da equipe do restaurante, lanchonete, padaria onde me alimento; do motorista do ônibus, do trem e do metrô; do padre, sacristão, coroinha e senhoras dos projetos de serviços assistenciais nas igrejas; dos pastores e demais membros atuantes a conduzir um propósito em todas e nas demais igrejas e grupos de serviço; do encanador, do eletricista, do marceneiro, do azulejista, do arquiteto, da costureira, do cabeleireiro, da manicure, da esteticista; dos terapeutas alternativos e suas técnicas holísticas; da esposa e marido a fazer sua parte no casamento, família, ao cônjuge e filhos; da babá para os filhos; da empregada doméstica ou diarista para a residência; dos facilitadores, focalizadores e sua equipe em qualquer curso livre; da vovó, tios, primos, cunhados, irmãos, sobrinhos a compor a família a uma melhor vida amorosa e saudável e a complementar a educação dos meus filhos; na ONG a diretoria, equipe gestão, funcionários, voluntários a conseguirem realizar o propósito da fundação; na ONG e grupos de serviços os atendidos pela mesma, propósito de sua existência: atender, servir...
Preciso continuar???
Não estamos sós; somos em equipe, em grupo em tudo que nos envolvemos no planeta a participar. Sempre somos co-participantes. Verifiquem suas vidas e me escrevam dizendo de algo que encontraram nela em que realmente realizam sós! Seja você um líder do projeto (pai, mãe, diretor, presidente, gerente, empreendedor, professor, proprietário, empregador, etc.) ou parte da equipe (filho, irmão, tio, aluno, padrinho, funcionário, auxiliar, ajudante, etc.).
Porque mesmo em teu momento de solidão, no silêncio do teu quarto em suas orações você não está só: há toda uma plêiade de Seres amorosos ali a Somar com você.
Portanto, cadê o respeito nas relações, nos combinados do bom senso, do senso comum de bem viver em sociedade e em coletivo?
E no micro, naquilo bem próximo de nós:
Cadê o cumprir os combinados conscientes feitos a uns e outros?
Quando a vida movimenta, quando novas situações surgem, quando preciso nas prioridades e escolhas minhas deixar de cumprir combinados:
Eu vou ao outro e recombino? Informo ao outro a minha nova condição e buscamos juntos realinhar planos, projetos, compromissos, responsabilidades, redistribuir tarefas e etc.?
Ou, simplesmente eu deixo de cumprir e com tal ESTOU IMPONDO ao outro; que ele que aceite o meu novo, sem maiores explicações, etc. Que o outro me compreenda os meus porquês!!!
PAIS SOLTEIROS
Nos E.U.A. há todo um olhar diferenciado a pai ou mãe que cria filho sozinho, seja por separação do casal, seja porque assim escolheram em gestação ou adoção individual. Um olhar de compreensão, um olhar de buscar apoiar e ajudar. Sejam os amigos, familiares ou mesmo projetos sociais a tal. Senão de apoio, ao menos um olhar de respeito.
Pela consciência da necessidade do casal a conseguir desenvolvimento do potencial e o almejado para o serzinho que está sendo criado. Aqui casal: de gênero diferente ou do mesmo. A simplificar diremos: mãe e pai.
NA EUROPA, ATUALMENTE
Assim como na crise duradoura da Europa houve toda uma alteração de modus vivere: imóveis financiados sendo tomados pelas financeiras; pais desempregados não conseguindo mais sustentar seus lares; jovens universitários sem emprego, não podendo sair de casa, formar sua família, ter filhos; famílias tendo que criar espaço a abrigar os novos casais, parentes, que não tem meios de subsistência de outra forma, a não ser: SOMANDO! No popular brasileiro: “fazer um puxadinho no quintal.”
Vamos a este exemplo – pais solteiros – que é algo bem próximo a nós; seja por vive-lo em família (na condição de pai, mãe ou filho), seja por acompanhar de perto isto em familiares, amigos, conhecidos, vizinhos, etc.
Quando em casal há a separação e uma das partes deixa de honrar – em presença real e contínua, dinheiro a sustentabilidade e o demais que pede a presença de dois: pai e mãe – alguéns ficam na FALTA.
O mais comum no Brasil:
Se a mãe ficou com as crianças haja energia, saúde, dinheiro e tempo a tentar cumprir todas as necessidades dos filhos fazendo sozinha.
A minha metáfora a isto é:
Na pia da cozinha haviam 2 torneiras que fluíam água a lavar a louça. Quando uma das torneiras é encerrada, a louça e todas as necessidades continuam ali, do mesmo tamanho e quantidade. Percebamos que haverá um peso, um acumulo à única torneira agora, se quiser manter-se a mesma qualidade no serviço da louça lavada.
Há dinheiro que pague? Há pensão alimentícia que pague? Que remunere? O cuidar sozinha, o trabalhar a trazer dinheiro pra casa e em simultâneo administrar e gerenciar a empregada, a babá, as idas ao pediatra, os afazeres escolares, as festinhas, os passeios, os amiguinhos, as noites em claro a cuidar do doentinho; o abrir a alma, coração e abraçar quando o filho está vivendo suas experiências na vida e assusta-se e necessita de colo, consolo, orientação a continuar se desenvolvendo e crescendo a ser adulto de bem a realizar em todas as suas potencialidades?
Muitas das vezes...
A mãe solteira que objetiva dar o melhor de si, que objetiva dar o melhor do mundo ao filho: se exaure, se desgasta, muitas das vezes interrompe sua continuidade de estudos e com isto possibilidade de subida em carreira profissional - porque não há tempo, nem dinheiro, nem energia, nem saúde a fazê-lo sem faltar aos filhos sua presença e certos cuidados; envelhece antes do tempo – há uma máquina biológica - enquanto busca realizar o que considera ser o melhor ao filho. Buscando cobrir com seus excessos aquilo que percebe ser a falta do pai a cobrir uma parte em todo o contexto.
Pegando do exemplo da mãe solteira, vamos olhar ao demais que estejamos cumprindo ou deixando de cumprir nos nossos combinados.
Seja onde for:
Na escola quando temos um trabalho em grupo a entregar ao professor. Seja na equipe de vôlei em meu preparo individual quando precisamos somar a dar conta do jogo. Seja no trabalho cotidiano que temos uma parte a fazer ao colega dar continuidade, ao outro departamento dar continuidade. Seja no almoço de Natal quando combinado que cada um levaria um prato a compor a mesa. Seja eu para o empregado doméstico, seja ele para mim. Seja na família na distribuição das tarefas: quem vai ser o motorista da vez; quem vai lavar o carro; aparar a grama; cozinhar; ajudar os pequenos na tarefa escolar; levar o cachorro a passear, etc.
Seja onde estivermos, se somos em equipe desde a família até chegar ao macro: somos em coletivo no planeta...
Desrespeitamos o outro quando deixamos de fazer a nossa parte, realizar os combinados; e desrespeitamos mais ainda quando deixamos de ir informando ao outro e recombinando a continuar a fazer a nossa parte a um objetivo comum, muitas das vezes a um objetivo maior. Porque Realizamos Juntos!
Namastê,
Cidinha Junqueira
5 de novembro de 2015
Notas
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